Saúde

Quais os riscos da pHmetria esofágica?

A pHmetria esofágica é um exame diagnóstico essencial na avaliação do refluxo gastroesofágico, uma condição que ocorre quando o conteúdo do estômago retorna para o esôfago, podendo causar uma série de sintomas desconfortáveis e complicações a longo prazo. 

Esse procedimento envolve a medição do nível de acidez (pH) no esôfago ao longo de um período de 24 horas, o que fornece informações valiosas sobre a frequência e duração do refluxo ácido nas partes inferiores e superiores do esôfago. 

Embora seja um exame com alto valor diagnóstico, a pHmetria esofágica não está isenta de riscos, os quais serão explorados a seguir.

Desconforto e dor

Um dos riscos associados ao exame de pHmetria esofágica é o desconforto e a dor. 

Para a realização do exame, é necessário inserir uma sonda muito fina pelo nariz, que desce até o esôfago. 

Esse processo pode ser desconfortável para alguns pacientes, especialmente durante a inserção da sonda. 

Além disso, a presença da sonda no esôfago por um período prolongado pode causar sensação de irritação na garganta, desconforto ao engolir e, em alguns casos, dor leve. 

E como é feito o exame de pHmetria esofágica

Inicialmente, o paciente passa por uma preparação que inclui jejum de algumas horas. 

Sob orientação médica, pode ser necessário suspender o uso de medicamentos que interferem na acidez estomacal. 

A sonda, que na extremidade possui um sensor de pH, é então cuidadosamente inserida pelo nariz e posicionada no esôfago, onde permanece por 24 horas. 

Durante esse período, o paciente retoma suas atividades normais, evitando, contudo, alimentos e bebidas que possam interferir nos resultados.

Riscos associados à sedação

Em alguns casos, pode ser necessária a sedação leve para facilitar a inserção da sonda, especialmente em pacientes que apresentam dificuldade em tolerar o procedimento. 

A sedação traz seus próprios riscos, incluindo reações adversas ao medicamento sedativo, problemas respiratórios e variações na pressão arterial. 

Embora esses eventos sejam raros e geralmente leves, é crucial que sejam considerados.

Complicações nasais e esofágicas

Durante a inserção da sonda, podem ocorrer pequenas lesões na mucosa nasal ou esofágica, levando a sangramentos leves ou irritações. 

Embora essas complicações sejam geralmente temporárias e resolvam-se sem intervenção, em casos muito raros, podem ocorrer infecções ou perfurações esofágicas, que exigiriam tratamento específico.

Alterações na medição do pH

Interferências externas, como a ingestão de alimentos ou bebidas não permitidos durante o exame, medicamentos que afetam a acidez estomacal, ou mesmo falhas na posição da sonda, podem alterar os resultados da medição do pH, levando a diagnósticos imprecisos. 

Portanto, é essencial seguir estritamente as instruções do médico sobre o que evitar antes e durante o teste.

Prevenção e monitoramento dos riscos

A chave para minimizar os riscos associados à pHmetria esofágica é uma cuidadosa preparação pré-exame e um atento monitoramento durante e após o procedimento. 

Os médicos e enfermeiros envolvidos são treinados para inserir a sonda com o mínimo desconforto possível e para instruir os pacientes sobre como manejar a sonda e o monitor durante o período de teste. 

Além disso, é vital que os pacientes comuniquem qualquer desconforto, dor ou sintomas anormais imediatamente à equipe médica.

Em conclusão, embora a pHmetria esofágica possa apresentar alguns riscos, estes são geralmente leves e podem ser eficazmente gerenciados com as devidas precauções. 

Este exame continua sendo um recurso diagnóstico valioso, oferecendo informações cruciais para o tratamento eficaz do refluxo gastroesofágico e outras condições relacionadas ao esôfago.

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